ATELIÊS E RODAS DE CONVERSA

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Qual é a unidade gráfica da linguagem escrita para a alfabetização? Sílaba, letra ou caractere?

Dagoberto Buim Arena​

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Desde o final do século XIX até os anos 1980 do século XX, a sílaba foi a unidade gráfica recomendada por manuais de alfabetização para corresponder à silaba oral. Nos anos 1980, o construtivismo introduziu o conceito de fonema e de grafema. Elegeu a letra como unidade, portanto o alfabeto e o alfabeto móvel. Sua função era a de fazer corresponder letra (grafema) a som (fonema). Freinet usava caracteres tipográficos de imprensa em meados do século XX. Bajard propôs, no século XXI, a retomada de Freinet com o uso do caractere tipográfico/digital como a unidade gráfica. A sua referência se situa nos estudos semióticos associados aos que consideram as unidades da escrita independentes das unidades orais. Este ateliê curto problematiza a manipulação dessas três unidades em aulas de alfabetização.

Palavras-chave: Sílabas. Letras. Caracteres.

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16/07 (quarta-feira)  - 14h às 16h30

LOCAL: Bl. 5S - 106

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Práticas Freinetianas na Promoção da Diversidade: Da Educação Infantil à Universidade

Andressa Garcia Castilho e Raquel Pereira Soares

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Este ateliê tem o objetivo de promover a discussão sobre a diversidade em suas mais diferentes manifestações. A proposta parte de um trabalho já desenvolvido com crianças tendo como ponto de partida uma roda de conversa e a construção coletiva de um planejamento participativo entre crianças e professora. Na escola foram desenvolvidos quatro ateliês para explorar a variedade cultural: Jogos e Brincadeiras (produção do jogo etnomatemática - Mancala); Culinária (projetos com refugiados, imigrantes e indígenas); Leitura e de Escrita (estudo de personalidades LGBTQIAPN+ e neurodivergentes); e Costura (confecção de bonecas Abayomi). Neste ateliê, devido ao curto espaço de tempo, vamos propor um trabalho com jogos e a confecção da boneca Abayomi.

Palavras-chave: Práticas Freinetianas. Crianças. Diversidade.

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15/07 (terça-feira)  - 15h às 17h30

LOCAL: Bl. 5S - 207

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Beca Benaiges: valorizando a autoria docente e difundindo a pedagogia Freinet

Ana Flávia Valente Teixeira Buscariolo

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Antoni Benaiges foi um dos pioneiros a trabalhar com a Pedagogia Freinet na Espanha, adotando com entusiasmo as técnicas desenvolvidas pelo educador francês Célestin Freinet, especialmente o uso da imprensa escolar como instrumento de expressão e autoria das crianças. Em sua pequena escola rural de Bañuelos de Bureba, Benaiges promoveu práticas centradas na escuta ativa, na cooperação e na valorização da experiência dos alunos, rompendo com o modelo tradicional e autoritário de ensino vigente na época. Através dos cadernos impressos coletivamente com seus estudantes, ele criou um espaço de liberdade e criação que materializava os princípios freinetianos de uma escola viva, democrática e enraizada na realidade dos alunos. Sua prática pedagógica, profundamente transformadora, tornou-se um exemplo comovente da força emancipadora da educação popular. Este ateliê tem como objetivo apresentar a trajetória inspiradora de Antoni Benaiges, por meio da exibição do filme "El maestro que prometió el mar", lançado em 2023. A proposta também inclui a divulgação da Beca Benaiges, explicando aos docentes as formas de participação nesta iniciativa promovida pela Asociación Escuela Benaiges, em parceria com o Movimiento Cooperativo de Escuela Popular (MCEP) e a Fédération Internationale des Mouvements de l’École Moderne (FIMEM). Trata-se de uma oportunidade de conhecer mais sobre a pedagogia freinetiana e de se engajar em redes internacionais comprometidas com uma educação cooperativa, democrática e transformadora.

Palavras-chave: Beca Benaiges. Autoria. Publicação. Pedagogia Freinet.

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15/07 (terça-feira)  - 15h às 17h30

LOCAL: Anfiteatro – 5OE​

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Entre Brincadeiras e Palavras: A Natureza da Infância 

Geise Martins 

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Este Ateliê tem o objetivo de apresentar um projeto desenvolvido por mim e pela auxiliar de sala, em 2024, com uma turma de 1º período da Educação Infantil (crianças de 4 e 5 aos de idade), que teve como encerramento uma mostra pedagógica apresentada pelas crianças para suas famílias, comunidade escolar e visitantes.  O trabalho foi desenvolvido contemplando a literatura infantil, o brincar livre, a arte e a natureza. Selecionamos alguns livros de literatura infantil que abordam os cinco elementos da natureza (terra, água, ar, fogo e éter). A partir da leitura dessas narrativas, desenvolvemos diversas vivências com as crianças. A arte esteve presente por meio de pinturas com aquarela, tintas naturais e guache, além de momentos com músicas, contações de histórias e a própria literatura, que consideramos a arte da palavra. O brincar livre está sempre presente no cotidiano das nossas crianças e é considerado essencial para o desenvolvimento da primeira infância. Por isso, incluímos nesses momentos oportunidades para que as crianças brincassem com os cinco elementos da natureza, Natureza esta, que é a âncora de toda a nossa prática pedagógica e está presente diariamente em nossa rotina. No entanto, neste trabalho específico, demos ênfase especial à natureza que habita a nossa escola. A experiência contribuiu para reforçar a minha concepção de educação infantil e de criança, ativa e produtora de cultura, tal como Freinet defendia em sua militância por uma escola do povo. Além de perceber o potencial de cada uma, o envolvimento e a alegria manifestadas por elas no processo, ajudou-me a ter certeza de que o trabalho produtivo escolar deve ser dinâmico, em que cada sujeito participa com autonomia de todo o processo criativo.

Palavras-chave: criança, natureza, literatura infantil, brincar.

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16/07 (quarta-feira)  - 14h às 16h30

LOCAL: Bl. 5S - 104

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O DOCENTE ENDIVIDADO NA ESCOLA DO CANSAÇO

Haroldo de Resende

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​Considerando o atual ordenamento neoliberal, propõe-se discutir a dívida, não só no seu aspecto financeiro, mas principalmente no subjetivo, como uma técnica de governo da população na consubstanciação da sociedade do cansaço que se caracteriza pela maximização do desempenho individual. Se de um lado o endividamento torna-se função crucial da moeda ou da economia no âmbito da educação; de outro, é a norma da produtividade que incide sobre o docente, levando-o a cada vez mais e sempre competir consigo mesmo, além da concorrência que estabelece com os outros, o que configura uma hipoteca de si mesmo e de seu próprio futuro no mercado comum da vida humana.  

Palavras-chave: Dívida. Escola do cansaço. Subjetividade docente.

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16/07 (quarta-feira)  - 14h às 16h30

LOCAL: Bl. 5S - 207

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Melhoramento de texto com crianças iniciantes na escrita: possibilidades de trabalho e de correção na sala de aula.

Raquel Pereira Soares

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Na escola ainda observamos a produção de texto como tarefa avaliativa, ou seja, a criança escreve porque o professor solicita uma redação e, ao final, o texto será apenas corrigido e devolvido ao aluno. Contrariamente a esse princípio, partimos do pressuposto que após a produção escrita, devemos iniciar com as crianças o trabalho de estudo e de correção dos textos (Freinet, 1976). A proposta desse ateliê é estudar o melhoramento de texto de crianças iniciantes na escrita. Para isso, utilizarei de textos infantis, extraídos da minha pesquisa de doutorado, e analisarei juntos com os participantes como ensinar as crianças a continuarem seus escritos a partir dos enunciados incompletos (Goés e Smolka, 2001).

Palavras-chave: Pedagogia Freinet, Produção de texto, Melhoramento de texto.

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15/07 (terça-feira)  - 15h às 17h30

LOCAL: Bl. 5S - 106